quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma estrela brilha solitária no céu.

Uma estrela brilha solitária no céu.
Não importa quão grande ela seja,
Sempre a vêem pequena.
Não importa seu nome,
Quando nasceu, se já morreu.
Ela é só mais uma.
Brilha o máximo que pode
E não ilumina nada.
Ela sou eu.
Sara Cristina de C. Zampronha



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Perfeição...

Perfeição é o degradê azul-amarelo do pôr-do-sol...
...E todas as outras coisas ficarem pretas...

Perfeição é o que está fora das grades da janela do meu quarto.

Sara Cristina de C. Zampronha

(primeira foto de fato tirada por mim... e de fato, esse é o pôr-do-sol da janela do meu quarto...)

Declaração...

Eu amo a pouca luz da noite.
Amo a brisa gelada.
O céu estrelado.
As ruas vazias.

Amo o quase silêncio da noite.
Com ruídos escassos...
De choros, berros, gemidos...
Quem sabe... 

Eu amo as pessoas da noite.
Os desejos secretos que vêm à tona.
As faces em disfarces.
Corpos em êxtase.

Amo o ar sombrio da noite.
O perigo iminente em cada esquina.
A ameaça em cada passante.
A loucura em mim.

Sara Cristina de C. Zampronha


quarta-feira, 23 de junho de 2010

A lua cheia seduz

A lua cheia seduz.
Me torna sua seguidora incondicional.

Nada mais importa
Se ela, com frequência exata,
Me permite momentos de contemplação.

Problemas e responsabilidades inexistem.
Existe apenas o conforto,
A segurança que sua luz me inspira.

A lua cheia seduz.
A lua cheia vicia.

Sara Cristina de C. Zampronha

O poste iluminava alguns galhos

O poste iluminava alguns galhos
Consumindo o frio e o escuro da noite.
De sua janela, viu um gato atravessar a rua.
Seus pensamentos atravessaram o céu.
Ao longe, luzes da cidade piscavam
Seguindo o ritmo frenético de seu coração.
Nesse instante, abriu suas asas
E desapareceu na escuridão.

Sara Cristina de C. Zampronha