quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um apartamento pequeno,
Um gato dormindo no cesto,
Um rato dormindo num canto.

Persianas semi-abertas,
Ventilador ligado,
Luz acesa,
Silencio.

E no auge de meus vinte anos,
Finalmente me sinto em paz.
O coração se mantém sereno
Depois de alguns anos de turbilhões.

Não sabia que era possível
Ouvir meus pensamentos
E desfrutar da solidão.



"Caaara, tô numa vibe muito massa..."


Sara Cristina de Carvalho Zampronha


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O cansaço toma conta.

O cansaço toma conta.

Já não há força,
Nem nada a fazer.
Não há motivo,
Nem motivação.
Não há objetivo,
Nem mesmo um caminho.

Tudo se esgotou.
Eu me esgotei.

Sara Cristina de Carvalho Zampronha


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Então...

Desculpas sinceras à meia-dúzia de pessoas que lêem isso aqui... kkkkkkk muito tempo sem atualizar e pah... estou resolvendo isso, JURO!!!
mas, querendo ler poesias decentes... e verdadeiramente boas... recomendo muito ir no site as tormentas!!!
Já virei muitas noites lá...

sábado, 21 de agosto de 2010

As madrugadas...

Toda madrugada me lembra você.
Porque é o céu negro que descansa meus olhos,
Assim como faz o seu olhar.
Porque é a luz da lua que me indica a direção,
Como suas palavras, sem me ofuscar.
Porque é o brilho das estrelas que me animam,
Assim como todos os seus gestos.
Porque é a brisa gelada que me acaricia,
Assim como seus beijos.
Sara Cristina de Carvalho Zampronha

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Luz

A luz no fim do túnel existe, eu sei.
Juro que eu tento vê-la.
E que tudo que mais anseio é sair dessa escuridão...
Mas a claustrofobia mal me permite respirar...

Não me considere pessimista.
Inspiro com toda a força, 
Mas o ar não alcança os pulmões.
Seguir em frente me dói.

A luz no fim do túnel existe, eu sei.
Juro que eu tento alcançá-la.

Juro que eu quero alcançá-la.

Sara Cristina de Carvalho Zampronha


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fim.

De repente tudo era escuridão.
Uma escuridão de ausência.
Ausência de tudo.

Ela se sentiu flutuar no nada.
Era apenas seu corpo, nu, sem proteção
Naquele imenso vazio de dúvidas.

Teve medo de que nem ela mesma estivesse ali.

Abraçou as pernas.

Os olhos eram inúteis.
Tudo era o desconhecido
E era ameaçador.

Quis gritar, mas a voz não saía.
Esperneou em vão, desesperada.
Quando já não tinha forças, percebeu.

Aquilo era o fim.
Sara Cristina de Carvalho Zampronha

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mudando bastante o estilo....

Não tem título mesmo, esse....



Ela se aproveitou que o Sol não se escondera
E se deixou apaixonar
Por todo o seu amarelo no azul do céu.
O Sol a viu e se apaixonou por ela.
Querendo agradá-la, ficou rosa.
Ela fechou a cortina e foi embora...
Detestava rosa!
Sara Cristina de C. Zampronha


domingo, 4 de julho de 2010

Frio

O frio externo toma conta dos interiores
Das casas e das pessoas.
A maior dádiva vira angustia.
O gelo da casa te faz encolher,
O gelo das pessoas o imita e faz encolher o coração.

Sua fraca brasa não suporta...
Apaga, esfria, acaba.


Meu peito transborda de sentimentos
...
Em alguns momentos eu gostaria de poder esvaziá-lo.

Sara Cristina de C. Zampronha


 
ps: n, n sou eu... nunca serei eu na foto... eu axo... se a foto for assim, com ctz nunca serei eu...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma estrela brilha solitária no céu.

Uma estrela brilha solitária no céu.
Não importa quão grande ela seja,
Sempre a vêem pequena.
Não importa seu nome,
Quando nasceu, se já morreu.
Ela é só mais uma.
Brilha o máximo que pode
E não ilumina nada.
Ela sou eu.
Sara Cristina de C. Zampronha



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Perfeição...

Perfeição é o degradê azul-amarelo do pôr-do-sol...
...E todas as outras coisas ficarem pretas...

Perfeição é o que está fora das grades da janela do meu quarto.

Sara Cristina de C. Zampronha

(primeira foto de fato tirada por mim... e de fato, esse é o pôr-do-sol da janela do meu quarto...)

Declaração...

Eu amo a pouca luz da noite.
Amo a brisa gelada.
O céu estrelado.
As ruas vazias.

Amo o quase silêncio da noite.
Com ruídos escassos...
De choros, berros, gemidos...
Quem sabe... 

Eu amo as pessoas da noite.
Os desejos secretos que vêm à tona.
As faces em disfarces.
Corpos em êxtase.

Amo o ar sombrio da noite.
O perigo iminente em cada esquina.
A ameaça em cada passante.
A loucura em mim.

Sara Cristina de C. Zampronha


quarta-feira, 23 de junho de 2010

A lua cheia seduz

A lua cheia seduz.
Me torna sua seguidora incondicional.

Nada mais importa
Se ela, com frequência exata,
Me permite momentos de contemplação.

Problemas e responsabilidades inexistem.
Existe apenas o conforto,
A segurança que sua luz me inspira.

A lua cheia seduz.
A lua cheia vicia.

Sara Cristina de C. Zampronha

O poste iluminava alguns galhos

O poste iluminava alguns galhos
Consumindo o frio e o escuro da noite.
De sua janela, viu um gato atravessar a rua.
Seus pensamentos atravessaram o céu.
Ao longe, luzes da cidade piscavam
Seguindo o ritmo frenético de seu coração.
Nesse instante, abriu suas asas
E desapareceu na escuridão.

Sara Cristina de C. Zampronha