quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fim.

De repente tudo era escuridão.
Uma escuridão de ausência.
Ausência de tudo.

Ela se sentiu flutuar no nada.
Era apenas seu corpo, nu, sem proteção
Naquele imenso vazio de dúvidas.

Teve medo de que nem ela mesma estivesse ali.

Abraçou as pernas.

Os olhos eram inúteis.
Tudo era o desconhecido
E era ameaçador.

Quis gritar, mas a voz não saía.
Esperneou em vão, desesperada.
Quando já não tinha forças, percebeu.

Aquilo era o fim.
Sara Cristina de Carvalho Zampronha

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